quarta-feira, janeiro 20, 2010

As plantas

Eu adoro plantas. Mas confesso, não levo o mínimo jeito com elas. Outro dia uma amiga me disse o seguinte: “Se você não consegue cuidar de uma planta não conseguirá cuidar de um filho!”. Eu fiquei arrasada, porque todas as plantas que já tive aqui em casa morreram. Até meu bonsai, um pinheirinho, chamado Juju, se foi. Na verdade acho que o que ela quis dizer é que a relação com as flores ou plantas, externa o cuidado que devemos ter com as criaturas. Na verdade, na minha casa as plantas, para mim, representam a minha relação com a minha intimidade, com o meu mundo. Elas são o termômetro de como estão as coisas no meu interior. Elas ou a ausência delas indicaram para mim que era tempo de sossegar, de dedicar mais o meu tempo e atenção ao meu lar, ao meu casamento e a mim mesma. Ter tempo para descansar, ler um bom livro, gastar preciosa parte dele testando alguma boa receita na cozinha, eliminar a fadiga e a correria do dia-a-dia, viver um segundo de cada vez. A morte das minhas violetas, bonsai e pimenteira me fazem refletir o quanto era necessário podar algumas coisas no jardim da minha vida para que eu pudesse florescer diante da vida. A minha luta contra a ansiedade ainda é diária. Mas aos poucos eu estou conseguindo. Na saúde e na doença, meu querido marido Wayner tem sido um grande incentivador da mudança para me ver bem. A luta é diária, mas o importante é caminhar decididamente para que me reinventando eu possa me redescobrir a cada dia e assim, olhando para o meu interior, sempre alcançar os meus objetivos.

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