sábado, dezembro 19, 2009

O Conselho

Outro dia uma “amiga” minha, a Márcia, me disse uma coisa que ainda hoje é digna de reflexão. Ela é casada, sempre valorizou muito a profissão, e teve que se mudar para outro estado para acompanhar o marido, que na época havia conquistado uma promoção no emprego. A mudança para o casal foi na verdade um estrago. Ela não se adaptou e ele muito menos. A primeira iniciativa foi retornar para o estado de origem.

Como recomeçar a vida, depois de abandonar por mais de um ano sua cidade natal? Os contatos, ou seu network, já não eram mais os mesmos. Ela batalhou, mandou um currículo aqui, outro ali, e se firmou novamente. Mas vamos voltar ao início deste post. No calor desses acontecimentos ela me disse exatamente o seguinte: Jamais deixe tudo o que você construiu profissionalmente por causa de sua família. Na hora eu me revoltei com o comentário dela e por isso até hoje paro para refletir naquela frase.

Quando ela me disse isso, eu estava no meu primeiro ano de casada. (abre um paranteses aqui, eu esqueci de contar que quando casei, 15 dias depois, Wayner foi transferido para a Bahia e eu fiquei no Espírito Santo. Foram os piores sete meses da minha vida. Fecha parênteses.) O risco de acontecer comigo o que aconteceu com ela era o mesmo. Mas, eu sempre penso num diferencial de pensamentos entre nós duas. Quando eu decidi casar eu optei por ter uma família para chamar de minha. Por mais que eu ame a minha profissão, e eu amo muito, ainda assim minha meta principal, após o meu sim com direito a um lindo vestido branco, véu, grinalda e bouquet (disputado no tapa pelas amigas), passou a ser a minha família.

Se eu tivesse ou tiver um dia que acompanhar o meu marido em outro Estado, irei de cabeça erguida na certeza de que ali eu serei suporte para ele e ele será o mesmo para mim. O que nos torna mais felizes ou infelizes é a maneira como encaramos cada coisa em nossas vidas.

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